castelos medievais

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sábado, 14 de setembro de 2013

MONTE ALTO (GOIÁS) ENTRA COM PEDIDO DE EMANCIPAÇÃO

Com  8,845 habitantes na área urbana, Monte Alto, distrito de Padre Bernardo, em Goiás, ainda sofre com a falta de infraestrutura. Além de policiamento e transporte escassos, os moradores convivem com o medo de contrair doenças como a hepatite. A água que abastece as casas, segundo a comunidade local, está poluída com lixo, dejetos de animais e defensivos agrícolas. Coceiras e dores de estômago são comuns em crianças e adultos na localidade. O pedaço de terra fica distante 25km de Brazlândia e 65km da sede urbana, mas ainda não está no mapa do Brasil. Por causa da maior proximidade com o Distrito Federal, moradores da região começaram, a mais ou menos um ano atrás, o pedido de emancipação política para formarem o mais novo município de Goiás.
A comunidade entregou ao governo estadual o pedido de emancipação, mas para isso seria necessário fazer um novo zoneamento geográfico. No mapa, Monte Alto aparece como uma fazenda, no alto de uma chapada — daí a razão do nome. O chacareiro Jesuíno Caldeira Quintal, 74 anos, é o morador mais antigo da região. Ele se mudou de Ceilândia para a localidade em 1986 e conta que no espaço existiam apenas três barracos feitos de tábua. O proprietário da fazenda se chamava João Galetti, e o terreno tinha o nome de Fazenda Desterro. “Ele era dono de imobiliária e picotou toda a terra para vender”, contou Jesuíno.

A partir de então, dezenas de famílias começaram a habitar as pequenas chácaras que estavam sendo formadas. “Nós existimos, mas no mapa continuamos sendo um pedaço de terra”, explicou. O distrito foi criado por lei, em 2007, e é reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas nem toda a divisão geográfica aparece no mapa do país.

Carteiros não chegam a Monte Alto. As correspondências são entregues em caixas postais — cada morador aluga uma —, em Brazlândia. Há um posto policial instalado logo na entrada do povoado, mas os moradores quase não encontram agentes na sede ou circulando pelo lugar. Mesmo durante o dia, não há quem se arrisque a deixar a casa sozinha ou destrancada. “Para ir ao vizinho, a gente tem que ficar de olho, porque é questão de segundos para os bandidos entrarem e levarem nossas coisas”, contou a doméstica Fernanda Pereira da Silva, 26 anos

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