Quem se encanta com as torres cada vez mais altas das metrópoles modernas, e acha que a ideia de concentrar centenas de prédios numa mesma região nasceu no século 20, precisa conhecer Shibam, no Iêmen. O país árabe esconde, no meio do deserto de Ramlat al-Sab`atayn, os arranha-céus mais antigos do mundo, construídos no século 16 - muito antes de Nova York sonhar em ser a selva de pedra que é hoje.
A partir de uma mistura de argila, barro, areia e água, os habitantes do deserto ergueram cerca de 500 prédios dentro dos muros de Shibam, conhecida como a "Manhattan do deserto". A cidade árabe é um dos primeiros exemplos de verticalização e planejamento urbanístico, reconhecida como patrimônio histórico da Unesco, órgão da ONU.
Monstruosas à época, as estruturas foram construídas como defesa da população de ataques de tribos nômades, em especial dos beduínos. Os prédios altos abrigavam entre dois ou três apartamentos apenas, porque sua função principal era a de torres de observação. Os moradores da cidade avistavam a chegada dos inimigos ao longe, e alertavam o povoado para o contra-ataque.
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