castelos medievais

castelos medievais

domingo, 25 de janeiro de 2015

CIDADES COM NOMES FAMOSOS NO BRASIL


Cidades ‘famosas’
O país conta ainda com homônimas de cidades famosas no mundo. É possível, por exemplo, conhecer Barcelona (RN), Buenos Aires (PE) e Nova Iorque (MA) sem ter que viajar para fora do Brasil. Também não é necessário tirar passaporte para visitar “países” como Equador (RN), Colômbia (SP), Costa Rica (MS), Macedônia (SP) e Tailândia (PA).
Patrícia diz que, nesses casos, a nomeação obedece a “diferentes critérios”. “Já vi uma reportagem com o prefeito de Nova Iorque dizendo que esperava que o nome impactasse no crescimento da cidade, como se houvesse uma relação mágica. Então pode existir uma vontade de vir a ser. Em outros casos, pode ser uma homenagem. No caso de Osasco (SP), o fundador, Antonio Agu, era da cidade de Osasco, na Itália, e quis fazer uma deferência à terra natal.”
Foi na capela de Santo Antônio, na entrada de Buenos Aires, que padre comparou clima das cidades (Foto: Katherine Coutinho / G1)Foi na capela de Santo Antônio, na entrada de
Buenos Aires (PE), que padre comparou clima da
cidade com a da capital argentina (Foto: Katherine
Coutinho/G1)






Em Buenos Aires (PE), as referências estão por toda a parte. A cidade tem até dois times de futebol chamados River Plate e Boca Juniors.
Já em Barcelona (RN), o nome não tem nada a ver com a gêmea da Catalunha. Ele foi dado em razão de um seringal na Amazônia que havia recebido a denominação. Mas a prefeitura diz que professores de uma universidade espanhola já estiveram na cidade para estudar a homônima.
Entre os nomes de cidades no Brasil, a natureza também ganha destaque. Arco-Íris, Céu Azul, Flores, Lagoa, Mata e Cachoeira são alguns exemplos. Nomes excêntricos também não faltam, como Venha-Ver (RN) e Não-Me-Toque (RS).
Banco de nomes
Há três anos, o IBGE criou o Banco de Nomes Geográficos do Brasil. Além das cidades, há vilas, povoados e outros nomes geográficos do país com a história e um mapa cartográfico de cada um. Em processo de construção, ele já conta com 55 mil registros.
“O estudo dos processos de denominação e das origens e motivações dos nomes geográficos, bem como a valorização, preservação e divulgação do conhecimento sobre o conjunto de nomes geográficos de um país é uma grande contribuição para a soberania deste e para o conhecimento de sua cultura e história, contribuindo para uma maior autoestima de seus cidadãos”, afirma a pesquisadora Vania Nagem, do Centro de Referência em Nomes Geográficos do órgão.

Segundo ela, “é possível identificar padrões de produção econômica e até o tipo de vegetação existente em determinada época em determinado local”. “Como ilustração, dá para citar a grande variedade de nomes relativos ao tropeirismo ao longo das rotas dos tropeiros no Sul do Brasil, em São Paulo e em Minas Gerais.”
Patrícia, da USP, concorda que a importância do nome vai além. “É muito mais que um dado identificador, que é sua função primeira. Eu luto para firmar no Brasil o conceito de considerar o nome do lugar como uma herança cultural imaterial. Nele existe não apenas o modo como o povo enxergava aquele local há séculos, mas marcas de morfologia, de oralidade. É um patrimônio, como o folclore, a música”, diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário