As 16 famílias autodeclaradas remanescentes de quilombos da comunidade do Tambor, no Parque Nacional do Jaú (AM), recebem este mês uma equipe organizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para dar prosseguimento ao processo de reconhecimentos de suas terras. A atividade ocorrerá entre os dias 10 e 21.
A equipe é composta por um antropólogo, um geógrafo, um engenheiro agrônomo, a asseguradora no Amazonas do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (Ppigre), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e um pesquisador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Ao término dos trabalhos, serão apresentados o relatório antropológico, o levantamento ocupacional e a identificação do território, critérios necessários para o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação regulamentado pelo Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2004. A primeira etapa do reconhecimento desses territórios, a certificação de auto-reconhecimento, foi emitida pela Fundação Cultural Palmares e publicada no Diário Oficial da União no dia 4 de março de 2004.
Tambor é a primeira comunidade no curso do Rio Jaú, próximo ao município de Novo Airão. A comunidade teve origem com a chegada do casal de negros formado por Jacinto Francisco de Almeida e Leopoldina de Almeida ao Rio Jaú, vindo de Sergipe, por volta de 1910.
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