castelos medievais

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sábado, 5 de janeiro de 2013

A EXTINÇÃO À FORÇA DE UM DISTRITO: ESTRELA DO ARAGUAIA




É desesperador, Estrela do Araguaia, um distrito ou o que sobrou de um distrito oficialmente registrado no IBGE,pertencente ao município de  São Félix do Araguaia, ser extinto ou simplesmente tirado do mapa pela força militar. A explicação: Posto da Mata formou-se povoado a décadas, situada na beira da estrada que leva a São Félix do Araguaia. Colonos do sul, com títulos de posse, construiram no então Posto da Mata um próspero distrito, que por infelicidade, foi instalado com o nome de Estrela do Araguaia. Agropecuária e plantações de arroz fizeram o distrito prosperar, chegando a aproximadamente 6.000 habitantes, até querendo uma possivel emancipação política pelo rápido desenvolvimento. Mas logo algo estranho pairou no ar, documentos antigos comprovaram que toda a área do distrito foi habitada por uma tribo indígena Xavante. Logo que os índios viram que a região tornou-se uma abundante fonte de renda e desenvolvimento entraram com processo pedindo a devolução de suas terras. Os colonos sentiram-se enganados, o governo do Mato Grosso negociou então uma área 3 vezes maior que a área pelos índios requerida, e a maioria dos índios aceitaram a proposta. justamente que não aceitou foi a FUNAI e a justiça, que deram um prazo de desocupação da área. O Conflito na região tornou-se inevitável, e também inevitável a saída dos colonos que construiram uma cidade e fizeram prosperar a região.
 O que se vê na região hoje é desolador, casas, igrejas, escolas, centros comunitários e outros estabelecimentos sendo destruídos, tirando do Mapa do Brasil a localidade de Posto da Mata (atual distrito de Estrela do Araguaia). O ofuscar da Estrela se apagou, o distrito aos poucos está sumindo ( o prazo para desocupar toda a área seria de mais 3 dias. contando-se a data dessa postagem).É uma pena que depois da ditadura que o Brasil viveu, veio a Democracia, que não passa de uma demagogia. Aconteceu em Roraima (Raposa-Serra do Sol), que simplesmente engoliu dezenas de povoados e tornou Uiramutã uma sede de município isolada em meio a uma reserva indígena, acontece agora na região do Suiá-Missu (onde se localiza Estrela do Araguaia) está prestes a explodir o estopim no estado do Rio Grande do Sul e por ai vai.Some mais um distrito no Brasil e Aparece mais uma Reserva indígena.
O Caso de Estrela do Araguaia, assim como o caso de Uiramutã são exemplos das maiores injustiças que a Justiça Brasileira está impondo aos que fizeram o Norte e Centro-Oeste do Brasil se tornarem celeiros do Brasil.
Fiz uma pesquisa minuciosa e um estudo profundo sobre a questão indígena no Brasil. Entre dias e dias estudando as atuais reservas indígenas existentes o caso que mais me espantou está no município de Santa Isabel do Rio Negro, um município que se considera 90% indígena: A criação da reserva indígena de Uneiuxi ocupará uma área de 5.700 km², sendo que apenas 2% dessa imensa área é realmente habitada. É só entrar na SINOPSE POR SETORES CENSITÁRIOS DO IBGE e ver, apenas 5% de todas reservas indígenas é habitado pelo tamanho de cada uma. Metade do estado do Amazonas é um vazio Demográfico que no futuro pode vir a ser reserva indígena. Fica meu lamento pelo povo de Estrela do Araguaia, que fez a região prosperar e no máximo daqui a 3 dias verá seu nome sumir do mapa do Mato Grosso e do Brasil.

Um comentário:

  1. SUIÁ-MISSU UMA FLECHA NO CORAÇÃO DO BRASIL
    Kalixto Guimarães/Correspondente do Araguaia

    O tema principal dessa publicação é registrar a parte mais cruel dessa historia que cravou com força uma flecha no coração do Brasil. A destruição de Estrela do Araguaia, foi uma ato criminoso e hediondo contra os direitos humanos. As mesmas feridas que os Xavantes e todos os povos do mundo que um dia foram exilados de suas terras, são agora, cicatrizes que os produtores e moradores da Suiá-Missu levaram pelo resto de suas vidas. A humilhação, a falta de respeito, o descumprimento da Constituição do País, do direito básico e fundamental do cidadão, o abuso do poder e da força política por meio do aparelhamento do Estado, são fatos que serão lembrados e contados pelas aldeias e vilas do Brasil afora. Um País gigantesco, de terras, rios e mares, ainda nunca pisados e nunca navegados é transformado em um campo de guerra étnica experimental sem precedentes. A Suiá-Missu gerou um grito de alerta que ainda esta preso na garganta, para impedir o que estar por vir. O jogo da guerra do indigenato esta sendo preparado sutilmente no tabuleiro do azar pelos donos do mundo e as autoridades brasileiras, parecem ter sucumbidas ao xeque mate do generais do império da Águia.
    O senso realizado pelo IBGE em 2010, aponta uma população de índios vivendo em aldeias no sistema tribal primitivo de 517.383 mil e contou mais 379.534 mil vivendo fora do sistema tribal. É um contingente pequeno porem, suficiente para criar confusões políticas capazes de desestabilizar a ordem institucional do País. A concentração das reservas indígenas na região Amazônica e o isolamento dessas comunidades tribais do convívio nacional é inadmissível. O trabalho de centenas de missionários estrangeiros infiltrados nas aldeias é intenso e os resultados já começam a surgir. Rebeliões de nativos contra as leis brasileiras e os projetos de desenvolvimento nacional estão sendo cada vez mais repetitivos e desafiadores. No final de 2012, (07/08/2012) os Mundurukus de Jacareacanga (PA) abriram fogo contra a Polícia Federal ferindo vários policiais, as noticias abafadas e censuradas pela FUNAI, minimizou os fatos para que estes não alcançassem repercussão internacional. Limitaram em dizer que no tiroteio houve uma baixa do lado dos indígenas e alguns policiais feridos.
    Sobre Belo Monte, um grande Exército de nativos comandados pela “autoridade” Cacique Raoni, tem ameaçado a obra desde o seu começo. Projetada há mais de 20 anos, a hidrelétrica sofre revés no Ministério Publico Federal, MPF e na comunidade internacional. O elenco hollywoodiano inteiro, já vieram prestar apoio a Raoni. Entre eles estavam o “Exterminador do Futuro,” Arnold Schwarzenegger, o “Avatar” James Camerom e muitos outros heróis da luta em defesa dos povos da floresta e da campanha publicitária de salvação do planeta idealizada e financiada pelas Nações Unidas.

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