Velas é uma vila portuguesa na ilha de São Jorge, Região Autônoma dos Açores, com cerca de 1 985 habitantes.
É sede de um município com 119,08 km² de área e 5 398 habitantes (2011), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a leste pelo município da Calheta, e tem litoral no oceano Atlântico em todas as outras direcções.
Esta vila está localizada num extenso terreno relativamente plano junto à costa ao lado das montanhas e longas arribas junto a uma longa enseada
.
A origem do nome desta localidade nunca foi esclarecida pelos historiadores. Pode no entanto, segundo esses mesmos historiadores poder remeter-nos para as "velas" das embarcações, para vigias ou para o termo velar, para o nome de povoações com o mesmo nome no continente português, para o termo "velhas" ou mesmo para a palavra "belas". É, no entanto, mais provável que o nome provenha dos termos “velas de embarcação”, ou dos termos velar/vigília. Tendo em atenção as embarcações usadas no tempo da sua fundação e a outra, tendo em atenção as forças telúricas que se movimentam nestas ilhas e que muitas vezes obrigavam as populações a ficar a velar ou de vigília durante as crises vulcânicas para poderem dar o alerta em caso de necessidade.
No dia 19 de Setembro de 1708 uma esquadra naval, comandada pelo pirata Francês René Duguay-Trouin constituída por 8 naus de linha e 3 navios Corsários de grossa artilharia, atacam a vila das Velas, não tendo no entanto conseguido entrar no Porto de Velas.
Ao primeiro ataque os habitantes da vila, comandados pelo Sargento Mor Amaro Teixeira de Sousa, conseguem impedir o desembarque tentado a 19 de Setembro. No dia 20 deu-se novo ataque e os habitantes não conseguiram opor-se com êxito a esta tentativa. Pelas 9 horas da manhã em que, dividindo as suas forças em duas colunas, enviara, uma para as portas das Velas (6 barcos) e outra, mais forte (10 barcos), para os lados do Morro das Velas e, desembarcando junto ao Arco, lançaram em terra mais de 500 homens, com morte d'alguns dos sitiados.
Os franceses permaneceram nesta vila 5 dias em que saquearam completamente as igrejas e casas abastadas. Em local sobranceiro ao sitio onde se efectuou o desembarque, foi construído o Forte de Nossa Senhora do Pilar, também conhecido por Castelo da Eira.
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