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quarta-feira, 8 de abril de 2015

BARRA DA TIJUCA (RIO DE JANEIRO): UMA NOVA ESPERA PELA EMANCIPAÇÃO

Barra da Tijuca é uma região administrativa situada entre o oceano Atlântico e os maciços da Pedra Branca e da Tijuca, Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, capital do estado homônimo. É formada em grande parte por ilhas barreiras separadas do continente por um extenso complexo lagunar. Apesar de pouco usual, os nascidos ou os que vivem na Barra da Tijuca são chamados de barristas .
É formada por oito bairros: Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Pequena, Vargem Grande, Camorim, Grumari,Joá e Itanhangá, além de dezenas de sub-bairros, abrangendo uma população de aproximadamente 300.823  pessoas.
Região da Barra da Tijuca vista da Pedra da Gávea
 Sua área total é de 165,59 km², equivalente ao tamanho da região urbana de Tel Aviv, Israel, ou da cidade de Miami, Flórida.
Possui ao todo 27,3 km de praias oceânicas, sendo as maiores a praia da Barra da Tijuca e a praia da Reserva, ambas localizadas no bairro da Barra da Tijuca. A região possui ainda três grandes lagoas, sendo a de maior extensão a Lagoa de Marapendi.
A região é cortada por três vias principais: a Avenida das Américas (principal via da região, que corta os bairros da Barra e do Recreio e possui cerca de 21 quilômetros), a Avenida Ayrton Senna (que liga a Barra a Jacarepaguá e à Linha Amarela), e a Avenida Lúcio Costa, antiga Avenida Sernambetiba (ao longo do litoral).
Faz limite com o bairro de Jacarepaguá ao norte, com o maciço da Pedra Branca a oeste, com o maciço da Tijuca a leste, e com o Oceano Atlântico ao sul. O bairro da Barra da Tijuca é o centro cultural, econômico e administrativo da região.
A Barra, como é conhecida popularmente, é uma região relativamente nova, classificada como de alto desenvolvimento pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH=0,959). Os dados demográficos indicam que a região foi a que mais cresceu no município na década de 1990: cerca de 44%. Será a grande sede das Olimpíadas de 2016, recebendo a maioria das modalidades olímpicas, além de ser o local da Vila Olímpica.
A região da Barra era originalmente um imenso areal, assentada sobre uma ilha barreira, com vegetação rasteira típica de restinga. A área, cheia de alagadiços e imprópria para o plantio, permaneceu desocupada até meados do século XX, sendo frequentada apenas por pescadores. No ano de 1667, a região foi doada a religiosos beneditinos, que implantaram engenhos apenas nos bairros de Camorim, Vargem Pequena e Vargem Grande.
Em 1900, as terras da Baixada de Jacarepaguá foram vendidas para a Empresa Saneadora Territorial e Agrícola S.A. (ESTA), ainda hoje grande proprietária de terras na área. A concentração de grandes extensões de terras em mãos de poucos foi uma das causas do crescimento tardio, além da dificuldade de acesso à região, por estar separada do restante do município por grandes cadeias montanhosas, com picos que variam de 800 a 1200 metros.
A ocupação efetiva da região deu-se inicialmente pelas suas extremidades, tanto no atual Jardim Oceânico quanto no Recreio dos Bandeirantes, que possuem as mesmas regras urbanísticas e limites de construção, diferenciados de todo o restante da região. Para atender aos novos loteamentos do Jardim Oceânico, foi construída pela iniciativa privada a Ponte Nova sobre a lagoa da Tijuca.
O grande marco do início do desenvolvimento da Barra, no entanto, se deu na administração do governador do estado da Guanabara Negrão de Lima, que encomendou ao urbanista Lúcio Costa um projeto urbanístico para a região. O Plano Piloto da Barra da Tijuca de 1969, similar ao Plano de Brasília, de inspiração no urbanismo racionalista, com grandes avenidas e grandes espaços abertos, marcou definitivamente o início do estilo de vida peculiar da Barra.
Na década de 1970, foi construída a Autoestrada Lagoa-Barra (incluindo um túnel acústico), que possibilitou o maior desenvolvimento, diminuindo o tempo de transporte para a zona sul da cidade do Rio. Por essa mesma época consolidaram-se grandes condomínios fechados, inspirados num então novo modelo de vida, com destaque para o Nova Ipanema e o Novo Leblon.
Na década de 1990, outro grande marco urbanístico que possibilitou melhor ligação com a Zona Norte da cidade do Rio foi a criação da Linha Amarela, via expressa que liga a Barra da Tijuca à Ilha do Fundão. A partir de então, o crescimento da Barra tem se caracterizado por grandes afluências de pessoas de todas as partes da região metropolitana do Rio.

Projeto de emancipação

Durante os anos 1980, a Barra da Tijuca viveu uma explosão demográfica, com praticamente todos os terrenos ao longo das suas avenidas ocupados por grandes condomínios residenciais, parques, supermercados, shopping centers, escolas, hospitais. As avenidas foram duplicadas e receberam sinalização. Nesta época houve um movimento de emancipação da região da Barra da Tijuca tendo a maioria dos eleitores votado pela separação da Barra, mas o resultado do plebiscito não foi suficiente para implementá-la devido ao quórum de votantes ter ficado aquém do mínimo exigido.
Há um projeto de lei em andamento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em que se prevê a formação de um novo município formado por todos os bairros da região da Barra da Tijuca. O projeto, porém, depende da aprovação do Projeto de Lei em tramitação no Congresso Federal, PEC 13/03, que transfere aos estados a competência para legislar sobre a matéria, como era até 1996.
A Barra ocupa o centro geográfico da porção de terra entre as baías da Guanabara e de Sepetiba, localizada numa larga planície comprimida entre montanhas, morros e lagoas, com o Oceano Atlântico ao sul. As formações montanhosas da Serra do Mar, rebordo do Planalto Atlântico, ergue-se ao redor da região,com suas ramificações encontrando-se com o mar, e divide a Barra do restante da cidade do Rio, e as lagoas da Tijuca e de Jacarepaguá separam o bairro da Barra da Tijuca do restante da região de Jacarepaguá.
Na Barra da Tijuca está situado o ponto culminante da cidade: o Pico da Pedra Branca, de 1.025 metros de altitude, que faz parte de um dos dois grandes maciços da região: o maciço da Pedra Branca, que a separa dos demais bairros da zona oeste da cidade do Rio, e o maciço da Tijuca, sobre o qual irrompem morros e picos de grande interesse turístico, como o Pico da Tijuca (1.022 m) e a formação geológica símbolo da Barra, a Pedra da Gávea, de (842 m).
Seu litoral tem 27,3 quilômetros de extensão, voltado ao Oceano Atlântico, e inclui pequenas ilhas. O litoral atlântico expressa alternâncias consideráveis, apresentando-se ora alto, quando em contato com as ramificações costeiras dos maciços da Pedra Branca e da Tijuca, ora baixo, trecho pelo qual se estendem as praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, eminentemente praias urbanas.

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