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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TRISTÃO DA CUNHA: O LUGAR HABITADO MAIS REMOTO DO MUNDO

Tristão da Cunha, no Atlântico Sul, tem apenas 10 km2 e 264 moradores. É o lugar habitado mais remoto do planeta

Tristão da Cunha (Tristan da Cunha em inglês) é uma ilha no sul do Oceano Atlântico. É um dos três constituintes do território ultramarino britânico de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha. É extremamente difícil aceder à ilha, devido ao seu isolamento e o fato de ser rodeada por penhascos com mais de 600 metros de altura. É a ilha principal do arquipélago com o mesmo nome. A única vila de Tristão da Cunha é a pequena Edimburgo dos Sete Mares, sendo que apenas a ilha principal é habitada. A ilhas habitadas mais próximas de Tristão da Cunha são a Ilha de Gonçalo Álvares (Gough Island), que fica localizada a 398 km a sudoeste, e a ilha de Santa Helena, que localizada a 2420 km ao norte de Tristão da Cunha. Em Gonçalo Álvares, o único local habitado é uma pequena estação meteorólogica mantida pelo governo da África do Sul que abriga apenas seis funcionários. Já a cidade mais próxima de Tristão da Cunha é a Cidade do Cabo, na África do Sul, que fica localizada a 2800 km ao leste. Por este motivo, Tristão da é conhecido como o lugar habitado mais remoto da Terra.

Geografia

O nome Tristão da Cunha é usado para o arquipélago, que consiste em:
  • Ilha de Tristão da Cunha;
  • Ilha Nightingale;
  • Ilha Inacessível;
  • Ilha de Gonçalo Álvares (Gough Island), a 350 km;
  • Ilha do Meio;
  • Ilha Stoltenhoff.
A população de 267 cidadãos britânicos partilha de apenas sete sobrenomes (Glass, Green, Hagan, Lavarello, Repetto, Rogers e Swain) constituindo no total 80 famílias. Fala-se inglês e as religiões praticadas são a anglicana e a católica. Existem alguns problemas de saúde devido à endogamia, incluindo asma e glaucoma, consequência do casamento inevitável entre casais com grau de parentesco próximo, como por exemplo casamentos entre primos em segundo grau, causando um cada vez mais restrito recurso genético.
O arquipélago não possui aeroporto, possuindo apenas um pequeno porto pesqueiro.
Mapa de Tristão da Cunha
Não há nenhuma emissora ou retransmissora de televisão na ilha, existindo apenas um único canal de recepção via-satélite das Forças Armadas do Reino Unido (BFBS TV). Além disso, também há aparelhos de Videocassete que são utilizados para a exibição de filmes, apesar de não haver serviços de locação de vídeos na ilha. Os serviços de telefonia (telefones fixos, celulares e internet) só estão disponíveis através dos sistemas de comunicação via-satélite, tais como o Iridium e o Inmarsat. Há apenas uma estação de rádio na ilha (Tristan Broadcasting Service) e um único jornal impresso (Tristan Times).
Existe uma escola, um hospital, um posto dos correios, um museu, um café, um bar (pub) e uma piscina.
Depois dos 16 anos, aqueles que desejam prosseguir os estudos, podem ir fazê-lo no Reino Unido.
À data de 2003, não era permitido o estabelecimento de estrangeiros.
A maior fonte de proveitos externos do arquipélago é a venda de selos para colecção. Por esta razão, TA e TAA têm uma reserva excepcional ao abrigo do ISO 3166-1 a pedido da UPU (União Postal Universal) para representar Tristão da Cunha. Outra fonte de rendimento é a pesca de lagosta para exportação para o Japão e EUAFicheiro:Tristan da Cunha4.jpg

História

O arquipélago foi descoberto em 1506 pelo navegador português Tristão da Cunha, que deu o seu nome à ilha, mas que não pôde atracar devido aos penhascos de mais de 600 metros de altura. Tristão da Cunha foi mais tarde anglicizado para Tristan da Cunha, nome oficial da ilha em todas as línguas, excetuando-se o português.
A primeira volta ao arquipélago foi feita pela fragata francesa L'Heure du Berger em 1767. Pesquisas inglesas foram depois feitas na ilha principal e uma primeira cartografia foi desenhada. A presença de água numa grande cascata de Big Watron e num lago no norte da ilha foi notada, e os resultados foram publicados por um hidrógrafo da Marinha Real Britânica em 1781.
O primeiro colono permanente foi Jonathan Lambert, de Salem, Massachusetts, que chegou às ilhas em 1810. Declarou-as suas propriedade e renomeou-as Ilhas do Refresco (Refreshment). A sua soberania foi curta, pois morreu num acidente marítimo em 1812. Contudo, a grande riqueza que conseguiu com a venda de óleo de leão-marinho a navios de passagem está, supostamente, ainda escondida em algum lugar da ilha de Tristão da Cunha.
Em 1815 os britânicos formalmente anexaram as ilhas, sobretudo como medida para assegurar que os franceses não as pudessem usar como base para uma operação de resgate para libertar Napoleão Bonaparte da sua prisão em Santa Helena.
No Verão e Outono de 1961 erupções vulcânicas provocaram a saída de todos habitantes, e só em 1963 a ilha principal voltou a ser habitada.
Até hoje, os habitantes de Tristão da Cunha continuam membros orgulhosos da Comunidade das Nações, tendo em 2005 a ilha recebido um código postal inglês (TDCU 1ZZ).
Não existe aeroporto nem aeródromo, fazendo com que Tristão da Cunha "rivalize" com Pitcairn como a ilha mais inacessível da Terra.
A ilha deu o nome ao albatroz-de-tristão, que entretanto já se extinguiu no arquipélago, existindo apenas na ilha de Gonçalo Álvares.

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A ilha principal é bastante montanhosa. A única área plana contém a vila de Edimburgo dos Sete Mares (ing. Edinburgh of the Seven Seas), capital e única área urbana da ilha. O ponto mais alto, The Peak (2010 m), fica coberto por neve no Inverno. Tristão da Cunha é um local de procriação do albatroz-errante (Diomedea exulans).

2 comentários:

  1. lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  2. Deve ser meio triste mesmo morar numa ilha tão isolada, por isso o nome combina, Tristão mas talvez os moradores são mais alegres do que a gente pensa, valeu a informação.

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