Localizado no coração da capital, o mercado de varejo do jardim zoológico dispunha de 13 mil bancas de vestuário, com mais de 30 mil pessoas ali empregadas. O fluxo médio de clientes que ali acorria diariamente era de 100 mil. Estas são as cifras daquele que foi o maior mercado de vestuário de toda a Ásia. A existência deste mercado, porém, estava na base da elevada afluência de tráfego automóvel naquela região da cidade, fazendo desta uma das mais afetadas por engarrafamentos.
Atualmente, devido ao planeamento e acoplamento entre a capital e a província circundante de Hebei, vários comerciantes começam a rumar ao um novo mercado que está ali sendo construído.
O comerciante Li Guoyong é precisamente um deles. Li migrou para a zona comercial da “Pérola Oriental”, na cidade de Cangzhou.
“Na zona comercial, os comerciantes têm dois anos de isenção do pagamento de renda. No primeiro ano temos também isenção de despesas de condomínio, entre outras vantagens. No total, ao fim de dois anos, podemos poupar mais de cerca de 400 mil yuans. Com as despesas que conseguimos reduzir, não estaremos tão ansiosos pela chegada de clientes”.
Divisão administrativa de Hebei |
Esta é uma das estratégias que o governo se encontra atualmente a promover – uma miniatura do pacto de desenvolvimento sinergético a ocorrer nas regiões Beijing-Tianjin-Hebei.
O trinómio engloba os municípios de Beijing e Tianjin e a província de Hebei (suas 11 cidades de nível provincial); uma população de 100 milhões de pessoas, e mais de 1/10 do PIB nacional. Por outro lado, existe a evidente disparidade que separa cidades com a dimensão de Beijing e Tianjin das cidades de pequena e média dimensão de Hebei. Por sua vez, existe também o fator dos números, também eles contundentes, que separam Tianjin da capital. O PIB total da província de Hebei perfaz apenas 40% dos dois municípios autónomos combinados.
Como resolver os problemas das grandes cidades, o crescimento descontrolado da sua população, a densidade do tráfego automóvel, a degradação ecológica, entre outros, é um dos desafios mais proeminentes com o qual o mundo se depara. Em fevereiro de 2014, o governo chinês avançava com a estratégia de desenvolvimento compartilhado Beijing-Tianjin-Hebei.
Entre outros, este empreendimento de grande escala consiste na relocalização de funcionalidades não fundamentais para a capital; ajuste da estrutura económica e do espaço disponível; criação de novos modelos de desenvolvimento; potencialização de novas regiões com focos de atividade económica; promoção de sinergias.
Nos últimos 3 anos, a supramencionada estratégia começa a apresentar resultados. As três regiões não só foram incluídas no primeiro plano quinquenal transprovincial, como foi também contemplado o planeamento do espaço entre os três eixos do trinómio, dada continuidade à interseção entre eles, a criação de políticas ecológicas, bem como uma série de 12 alíneas no sentido de promover a unificação progressiva rumo à megalópole Beijing-Tianjin-Hebei.
A integração industrial é uma das medidas idealizadas para a remoção da presença de órgãos não fundamentais na capital, sendo um dos sustentáculos do conceito de desenvolvimento coordenado em curso.
Ao longo dos últimos três anos, foram implementados uma série de itens com a finalidade de ajustar o tecido industrial. Em 2016 foi emitido um relatório: a economia de Beijing havia registado um crescimento de 6,7%, dos quais o setor de serviços perfez 80,3%; Tianjin alcançara um crescimento de 9%, continuando a rumar à linha dianteira do país; a província de Hebei crescera 6.8%, percentagem marcada pela consumação da eficiência industrial.
Com a aprovação da interligação da rede ferroviária entre os três eixos, está previsto que até 2030 existam 3400km de extensão ferroviária entre eles. O anel rodoviário de uma hora entre os 3 eixos irá ser formado. O tempo de comutação entre a habitação e o trabalho deverá ser de 30m, tornando o trabalho à distância uma realidade verosímil.
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