Páginas

sábado, 1 de dezembro de 2012

PORTO REAL (RJ) - O MELHOR MUNICÍPIO PARA SE VIVER

Ficheiro:RiodeJaneiro Municip PortoReal.svg


Ficheiro:Bandeira-portoreal.JPG

Porto Real é um município brasileiro do Estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a uma latitude 22º25'11" sul e a uma longitude 44º17'25" oeste, estando a uma altitude de 385 metros. A população recenseada em 2010 foi de 16.574 habitantes. Emancipou-se em 1995 de Resende. Ocupa uma área de 50,78 km². É reconhecida como a primeira colônia italiana no Brasil.


Em 1874 a senhora Clementina Tavernari, nativa de Concórdia de Módena, na Itália, foi a Itália, vinda do Brasil, para recrutar 50 famílias de lavradores no norte daquele país a fim de fundar, em Santa Catarina, um núcleo colonizador. Essa colônia teria o nome da Imperatriz Tereza Cristina. Seria o primeiro experimento de colonização italiana no Brasil.
Depois de inscritas as famílias para a viagem ao Brasil, o entrave era conseguir que algum órgão assumisse a responsabilidade em pagar - se fosse o caso - as despesas dessas famílias de regresso à pátria. Quem se responsabilizou - finalmente - já que a viagem estava se atrasando por essa razão - foi o Dr. Sterlih, um deputado italiano. Dessa forma foram concedidos os passaportes à famílias de Módena, Mântova, Ferrara, Parma e Reggio.

Embarcaram no navio "Anna Pizzono", dia 22 de Dezembro de 1874, que havia sido um navio da marinha mercante americana, do qual tiraram as máquinas, transformando-o num navio com 4 velas. Dessa forma o navio dependia de ventos o que, por vezes, alongou a viagem. O relato do Sr. Secchi cobre toda a viagem, os enjoos de praticamente todos os passageiros, tempestades no mar, brincadeiras de batismo de passagem da linha do Equador, sobre as quais todos tinham as mais estranhas ideias, e infelizmente - algumas doenças à bordo que resultaram - poucas - em mortes.

Chegaram na cidade do Rio de Janeiro dia 16 de Fevereiro de 1875. Grassava a febre amarela no Brasil, e por essa razão os imigrantes ficaram na hospedaria de onde embarcaram no dia 19, de trem, diretamente para Porto Real. O Sr. Secchi se tornaria professor primário para os filhos dos colonos italianos, os quais foram acomodados em vários quartinhos erguidos à beira de um grande pátio. Receberam alimentos para sua sobrevivência e um pequeno salário durante 3 meses. Tinham um médico para atendê-los, que era o médico do pessoal da ferrovia de Barra do Piraí.
Ele conta que encontraram assentadas uma grande família suíça, duas famílias portuguesas das ilhas, uma espanhola e uma alemã. A senhora Malavazi ia ao Rio de Janeiro - às vezes - tratar com a Imperatriz sobre a transferência para Santa Catarina, o que o governo acabou por vetar devido a incidência daquela febre, a qual, acabou por vitimar aquela senhora.
Os colonos logo procuraram o Sr. Sechi dizendo que preferiam ficar em Porto Real e não ir mais para Santa Catarina. Argumentaram sobre as boas condições climáticas, o fato de ser perto da estação ferroviária e as boas relações com os outros colonos.
O Ministro da Agricultura e a Imperatriz foram consultados e logo mandaram engenheiros para subdividir em lotes de 10 hectares as melhores terras ainda não desmatadas. Os colonos começaram a trabalhar em seus lotes plantando cana de açúcar, à espera de que o governo ou uma empresa privada montasse um engenho para a produção de açúcar. Os engenheiros vieram do Rio para implantar engenho para a destilação do aguardente, quase no momento de perder a colheita por falta de local para seu processamento. Felizmente, em 1874 se criou o Engenho Central de Porto Real, para receber os colonos italianos, que ali decidiram permanecer e trabalhar. O então senhor do Engenho Central de Porto Real era o comendador Elói da Câmara, que, no ano de 1895, o alienou a Edward Pellew Wilson Junior, 1º Conde de Wilson, que revolucionou o Engenho Central, mandando vir da Inglaterra máquinas de tecnologia avançada, para beneficiar a cana-de-açúcar da região. O Engenho Central de Porto Real se situava numa propriedade, que compreendia cinco fazendas de tamanho médio. Foi no Engenho Central que o 1º Conde de Wilson (decreto de 08-10-1891, Dom Carlos I de Portugal), o cidadão brasileiro, súdito britânico e titular português contraiu uma doença, que veio a vitimá-lo a 24 de setembro de 1899. Sucedeu como senhor do Engenho Central de Porto Real o comendador Eduardo Pellew Wilson (1858-1924), que, logo mandou construir uma estrada de ferro em suas terras de Porto Real, para que a produção beneficiada fosse transportada para o Porto do Rio de Janeiro. A dita estrada de ferro existe até os nossos dias, assim como as duas locomotivas, hoje fora de uso, batizadas uma com o nome de Bissica, em homenagem à segunda esposa do comendador Eduardo Pellewj Wilson, D. Georgeanna de Sá Wilson (1866-1935), que era comendadeira da Igreja de Quatis, ao lado de Porto Real; a segunda locomotiva foi batizada de Belinha em homenagem à D. Isabel Ferreira, esposa de Silvio Betim Paes Leme, neto materno dos 1os. Condes de Wilson e neto paterno dos Marqueses de São João Marcos, na nobreza brasileira. Em 1916, o Engenho Central de Porto Real foi tornado uma sociedade de ações, cuja maioria absoluta (50% = 1%) pertencia aos então senhores do Engenho Central de Porto Real, o comendador Eduardo Pellew Wilson e sua esposa, D. Georgeana de Sá Wilson. Nesta data, passou a denominar-se o dito Engenho Engenho Central Conde de Wilson, que foi alienado em 1927 ao comendador Morganti Cordella, numa conjuntura de crise do capitalismo mundial, que afetou a economia brasileira desde 1925, até culminar com a Quebra da Bolsa de Valores de 1929. Posteriormente à propriedade do comendador Morganti Cordella, pertenceu o Engenho Central Conde de Wilson a França Junior, neto do criado da afamada Confeitaria Colombo, que mandou construir uma sede ao estilo das fazendas sulinas dos Estados Unidos. A casa grande do então Engenho Central Conde de Wilson, composta de dois grandes blocos retangulares, o primeiro com escadaria dupla central, no qual servia de parte social, e o segundo, perpendicular ao primeiro e a este ligado na sua parte central, servindo degrande copa, cozinha e aposentos da criadagem. Saía-se de lancha ao pé da sede do engenho, para navegar pelo rio Paraíba. A capela do Engenho, por despacho de Sua Santidade o Papa, sob o senhorio do comendador Eduardo Pellew Wilson (1858-1934) era aberta à comunidade de colonos, que ali assistiam à missa, junto com os senhores do Engenho,que representavam o patriarcado local, num convívio de paz e de amizade mútuas, que D. Georgeanna bem soube construir, o que era próprio das grandes senhoras da época. Os Wilson bem souberam reunir em Porto Real a boa sociedade do Rio de Janeiro, aparentados que eram com todos.
Porto Real, por ser próxima da capital era visitada por ministros e por embaixadores estrangeiros. Dom Pedro II, quando da sua visita, foi recebido com grande festa pelos colonos. O contato entre os colonos e o Imperador foi bem próximo a ponto deste questioná-los se estavam satisfeitos e sendo bem tratados.
Nessa época foi formada uma companhia no Rio de Janeiro com o nome de "Paile Fine & Companhia" para a exploração de mandioca e batata-doce da qual tiravam um conhaque que estava bem cotado no comércio. Porém não havia grandes plantações, em Porto Real, desses produtos, tendo por outro lado grandes canaviais, aumentou-se então a construção que estava à margem direita do rio Paraíba do Sul, transformando-a para produção de açúcar, com o nome de Engenho Central de Porto Real.

Fábrica da Citroen

Um comentário:

  1. Sou herdeiro e descendente de portugueses que viviam nessa cidade de Porto Real só que engraçado os italianos vieram ferrados da itália pra cá e hj tem o que tem,muito estranho quem foi mão de obra hoje ser dono de tudo...A MERDA VAI FEDER!

    ResponderExcluir