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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O ITERAIMA E O DESENVOLVIMENTO DO BAIXO RIO BRANCO


O Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) vai desenvolver uma série de projetos destinados ao desenvolvimento da região do Baixo Rio Branco. Neste período de carnaval, técnicos da instituição avaliaram o potencial e as necessidades de dez vilas situadas às margens dos rios Branco e Jauaperi.
O Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) vai 
desenvolver uma série de projetos destinados ao desenvolvimento da região do Baixo Rio Branco. Neste período de carnaval, técnicos da instituição avaliaram o potencial e as necessidades de dez vilas situadas às margens dos rios Branco e Jauaperi.
Trabalhar com as populações ribeirinhas, valorizando seus conhecimentos e experiências, e ao mesmo tempo, proporcionar condições de fomentar atividades que gerem renda e trabalho. Esta é a síntese da ação que o presidente do Iteraima, Márcio Junqueira, quer implantar naquela região.
“Ficamos afastados do Baixo Rio Branco por um longo período. Agora vamos em busca do tempo perdido. Aquela área é riquíssima. As atividades rentáveis são inúmeras. Terras propícias às culturas do açaí, cupuaçu e pimenta-do-reino , entre outras espécies.  Águas extremamente piscosas, com grande variedade de peixes, como pirarucu, tucunaré, pacu e surubim.  A exportação de peixes ornamentais e o artesanato também vão ser incentivados”, revelou Junqueira.
PRESENÇA MARCANTE - Durante dez dias os técnicos do Iteraima viajaram ao longo dos rios Branco, Jauaperi, Negro e Jufari.  Nas reuniões com as comunidades foram escutadas reivindicações e necessidades. Ensino médio e geração de energia confiável foram os itens mais colocados. Na avaliação de Márcio Junqueira, a população do Baixo Rio Branco carece de muito pouco em relação a riqueza em que vive.
“O governador José de Anchieta sabe da importância que o Baixo Rio Branco representa para o desenvolvimento de Roraima. Sua localização estratégica e a imensa área territorial – 60% das terras produtivas que nos restaram – tornam aquela área uma das prioridades produtivas no Estado e, por isso, temos que ter ali presença marcante”, acentuou o presidente do Iteraima.
Nestes dias a comitiva de técnicos navegou em dois barcos e visitou as comunidades de Santa Maria do Boiaçu, Sacaí, Cachoeirinha, Caicubi, Panacarica,  Samaúma, Itaquera, Remanso, Floresta e Xixuaú. A produção de açaí, um dos motores econômicos dos ribeirinhos, impressionou a todos. Cada vila produz, em média, 300 sacas (60 kg cada uma) por dia. Isto representa que a próxima safra a ser colhida a partir do final do mês supere a casa das seis mil toneladas.
O final da colheita dos grãos do açaí será comemorado em grande estilo. O Iteraima vai realizar a primeira Festa do Açaí do Baixo Rio Branco.  Na parte oficial está prevista a entrega de títulos rurais, reforma e ampliação de escolas, abertura de poços artesianos e a efetiva demarcação das terras do Estado. Hoje, por exemplo, existe uma área problemática em torno do rio Macucaú que faz a divisa de Roraima com o Amazonas.
Os índios waimiri atroari já avançaram 15 quilômetros em terras roraimenses, com o avanço ilegal das placas de demarcação da reserva. Isto ocorreu pela ausência do Estado naquela região. Com a efetiva presença do governo, através das polícias ambiental e militar e Iteraima, esta invasão será desfeita. O Iteraima, por sinal, já prepara a instalação de suas sedes avançadas nas comunidades de Caicubi, Itaquera e Xixuaú. Um posto de vigilância ambiental para coibir a pesca clandestina e predatória será montado no encontro do rio Branco com o igarapé Água Boa.
A 1ª Festa do Açaí do Baixo Rio Branco está marcada para o mês de maio. Além de exibir a pujante safra da fruta, com seus derivados, como a polpa, suco e vinho, a comemoração da colheita também contará com torneios esportivos, exposição de artesanato produzido pelos ribeirinhos e uma mostra de peixes ornamentais.

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