O Parque Montanhas do Tumucumaque é o maior do Brasil, e também um dos mais
isolados. Foi criado em 2002 para se transformar em destino turístico, mas sua
atração principal é uma pequena vila, conhecida por Ilha Bela, usada como
acampamento-base para os garimpeiros brasileiros que exploram
ouro na Guiana Francesa.
Com uma área de 38 mil km² – o equivalente a 25 vezes o município de São
Paulo –, o parque fica no extremo norte do país, no Amapá, fazendo divisa com o
território que pertence à França. Para cuidar de toda essa terra, totalmente
preservada, há cinco pessoas. Eles fazem viagens periódicas à região, já que o
parque não tem sede.
“Hoje, boa parte do nosso esforço está centrado na remoção de Ilha Bela”,
conta Christoph Jaster, chefe da equipe.
As tentativas de desmantelar a pequena vila de Ilha Bela, que tem cerca de 200 habitantes, foram muitas. Em uma operação realizada em fevereiro, um gerador a diesel foi apreendido e precisou ser retirado de helicóptero. Seu dono cobrava entre 1 e 2,5 gramas de ouro por semana pela energia elétrica fornecida a cada casa.
A dificuldade de acabar com a mineração ilegal se explica pelo isolamento do
povoado. O acesso mais comum se faz a partir da Serra do Navio, no Amapá, de
onde é necessário andar 90 quilômetros de barco para chegar à vila. “É
completamente inacessível para padrões urbanos, mas não para caçadores ou
garimpeiros”, diz o chefe do parque.
Com tudo longe e com metais preciosos brotando do chão, o comércio local é inflacionado. De acordo com Jaster, uma vaca ali pode valer 12 mil reais, enquanto um quilo de carne é trocado por um grama de ouro. “Ficar rico no garimpo é quase impossível. O garimpeiro é um ser à beira da miséria.”
Para Jaster, a França também pode ser fonte de turistas. “Imaginamos que o
parque amazônico [que fica do lado] da Guiana pode canalizar os visitantes
vindos de fora, e esses reflexos serão sentidos pelo Tumucumaque”, pondera.
Se você vive ou viajou para a Amazônia e tem denúncias ou ideias para melhorar a proteção da floresta, entre em contato com o Globo Amazônia pelo e-mail globoamazonia@globo.com. Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail, telefone e, se possível fotos ou vídeos.
Comunidade de Ilha Bela fica na divisa com a Guiana Francesa. (Foto: ICMBio/Divulgação)
Como não há sede no parque, funcionários têm que montar acampamentos na selva quando visitam a região. (Foto: ICMBio/Divulgação)
Vila distante
Dentro do parque há poucas minas de ouro, segundo Jaster. Os garimpeiros só
criam coragem para explorar as terras brasileiras quando a cotação do metal está
muito alta. O problema é a onda de crimes que andam junto com o garimpo ilegal.
“É um sistema que traz doenças, violência, prostituição, tráfico”, explica.
As tentativas de desmantelar a pequena vila de Ilha Bela, que tem cerca de 200 habitantes, foram muitas. Em uma operação realizada em fevereiro, um gerador a diesel foi apreendido e precisou ser retirado de helicóptero. Seu dono cobrava entre 1 e 2,5 gramas de ouro por semana pela energia elétrica fornecida a cada casa.
Combustível armazenado em vila clandestina é retirado pelo Exército. (Foto: ICMBio/Divulgação)
Com tudo longe e com metais preciosos brotando do chão, o comércio local é inflacionado. De acordo com Jaster, uma vaca ali pode valer 12 mil reais, enquanto um quilo de carne é trocado por um grama de ouro. “Ficar rico no garimpo é quase impossível. O garimpeiro é um ser à beira da miséria.”
Ajuda francesa
A aposta do governo para tirar o parque dos garimpeiros e levá-lo aos
turistas é a ajuda da França. No final de 2008, Lula e o presidente francês
Nicolas Sarkozy assinaram
um acordo de cooperação para o combate ao garimpo ilegal no Brasil e na
Guiana Francesa. Também foram planejadas pesquisas conjuntas na região.Rio Oiapoque divide o parque do país vizinho. Florestas ainda estão intactas. (Foto: ICMBio/Divulgação)
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como um pais tao rico em reservas minerais como a brasil não tem politicas de extração sustentável para acabar com a divida externa e melhorara as condições de seus cidadães , deixando estrangeiros atravessadores ficarem com nossas riquezas pois são os únicos que ganhão nesta historia
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