Matéria foi publicada na edição eletrônica do Clarín neste domingo
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Os militares argentinos utilizaram aviões comerciais modificados para buscar armas em Israel e na Líbia durante a Guerra das Malvinas, informa neste domingo o diário argentino Clarín. De acordo com o jornal, sete pilotos se arriscaram em voos sigilosos, com rádio e luzes desligadas e tentando fugir dos radares britânicos, que controlavam o Oceano Atlântico.
Segundo o jornal, os pilotos argentinos Gezio Bresciani, Luis Cuniberti, Leopoldo Arias, Ramón Arce, Mario Bernard, Juan Carlos Ardalla e Jorge Prelooker, da companhia Aerolíneas Argentinas, foram os encarregados da operação, que consistiu em dois voos para Tel Aviv, em Israel, quatro para Trípoli, na Líbia, e um para a África do Sul, entre 7 de abril e 9 de junho de 1982. O último voo, no entanto, teria sido cancelado em pleno trajeto por falta de acordo com um traficante de armas.
Como as nações ocidentais, aliadas do Reino Unido, impuseram sanções ao governo argentino, o governo militar precisava realizar uma série de viagens a nações remotas em buscas de armas para o país. Em decorrência disso, os pilotos civis foram convocados para a missão: voar em aviões em que os assentos foram removidos para dar espaço a todos os tipos de armamentos e conviver com a ideia de que poderiam ser abatidos a qualquer momento se fossem identificados. "Quando alguém te diz que o seu país está em guerra e que podes ajudar de alguma forma, não se pensa muito. Nós sentíamos que tínhamos que ajudar", diz Bresciani.
Contudo, as viagens não eram feitas apenas de riscos. Segundo o Clarín, os pilotos foram recebidos com pompa tanto em Israel quando na Líbia. "Ao chegar na Líbia, nos davam um livros de cor verde. Depois que eu vim a saber que era o Livro Verde de Kadafi. Estava em árabe e inglês", conta Leopoldo Arias.
Apesar do caráter secreto das missões, os pilotos consideram que o mundo da aviação sabia do transporte de armas feito pelos aviões das Aerolíneas Argentina, mas os britânicos não podiam derrubar os aviões sem provas. "Se fôssemos derrubados, íamos ao fundo do mar e nunca poderiam confirmar que levávamos armas", diz Prelooker. "Além disso, teriam atacado aviões de linha com civis e desencadeado um escândalos internacional", especula o piloto argentino.
De acordo com o Clarín, Israel forneceu armas para a Argentina porque tinha interesses econômicos com o país sul-americano, mas posteriormente interrompeu esse processo por pressão dos governos dos EUA e Reino Unido, com quem tinha mais laços. Os militares argentinos decidiram aceitar então uma proposta da Líbia, com quem não tinha relações amistosas, mas era um país carregado com armamentos soviéticos. No acordo entre os dois países, o regime do então líder líbio Muammar Kadafi qualificava a ação de Londres como a "odiosa agressão britânica", segundo o jornal argentino.
Segundo o jornal, os pilotos argentinos Gezio Bresciani, Luis Cuniberti, Leopoldo Arias, Ramón Arce, Mario Bernard, Juan Carlos Ardalla e Jorge Prelooker, da companhia Aerolíneas Argentinas, foram os encarregados da operação, que consistiu em dois voos para Tel Aviv, em Israel, quatro para Trípoli, na Líbia, e um para a África do Sul, entre 7 de abril e 9 de junho de 1982. O último voo, no entanto, teria sido cancelado em pleno trajeto por falta de acordo com um traficante de armas.
Como as nações ocidentais, aliadas do Reino Unido, impuseram sanções ao governo argentino, o governo militar precisava realizar uma série de viagens a nações remotas em buscas de armas para o país. Em decorrência disso, os pilotos civis foram convocados para a missão: voar em aviões em que os assentos foram removidos para dar espaço a todos os tipos de armamentos e conviver com a ideia de que poderiam ser abatidos a qualquer momento se fossem identificados. "Quando alguém te diz que o seu país está em guerra e que podes ajudar de alguma forma, não se pensa muito. Nós sentíamos que tínhamos que ajudar", diz Bresciani.
Contudo, as viagens não eram feitas apenas de riscos. Segundo o Clarín, os pilotos foram recebidos com pompa tanto em Israel quando na Líbia. "Ao chegar na Líbia, nos davam um livros de cor verde. Depois que eu vim a saber que era o Livro Verde de Kadafi. Estava em árabe e inglês", conta Leopoldo Arias.
Apesar do caráter secreto das missões, os pilotos consideram que o mundo da aviação sabia do transporte de armas feito pelos aviões das Aerolíneas Argentina, mas os britânicos não podiam derrubar os aviões sem provas. "Se fôssemos derrubados, íamos ao fundo do mar e nunca poderiam confirmar que levávamos armas", diz Prelooker. "Além disso, teriam atacado aviões de linha com civis e desencadeado um escândalos internacional", especula o piloto argentino.
De acordo com o Clarín, Israel forneceu armas para a Argentina porque tinha interesses econômicos com o país sul-americano, mas posteriormente interrompeu esse processo por pressão dos governos dos EUA e Reino Unido, com quem tinha mais laços. Os militares argentinos decidiram aceitar então uma proposta da Líbia, com quem não tinha relações amistosas, mas era um país carregado com armamentos soviéticos. No acordo entre os dois países, o regime do então líder líbio Muammar Kadafi qualificava a ação de Londres como a "odiosa agressão britânica", segundo o jornal argentino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário