Páginas

CASTRILLO MATAJUDIOS QUER TROCAR DE NOME

Castrillo Matajudíos. Foto: AFP
Povoado de Castrillo Matajudíos discute se muda o seu polêmico nome ou não
Castrillo Matajudíos é um pequeno vilarejo na comunidade autônoma espanhola de Castela e Leão, no noroeste do país, que ficou famosa mundialmente por seu nome politicamente incorreto – "matajudíos" em espanhol significa "mata judeus".

No final de maio, os 56 habitantes oficialmente registrados do vilarejo poderão decidir em uma votação se mantém o polêmico nome, ou se o trocam por algo menos notório – e menos agressivo.
A mudança já vinha sendo debatida desde 2009, e não é a primeira vez que se discute o assunto. Há cerca de 30 anos, a população cogitou mudar o nome para Castrillo de Cabezón, em homenagem ao músico renascentista Antonio de Cabezón, que nasceu ali em 1510. Na ocasião, o nome atual acabou sendo preservado.
Desta vez, dois nomes estão sendo debatidos – com pequenas variações no título atual do povoado: Castrillo Mota de Judíos ou Castrillo Motajudíos, que significa "colina de judeus".
O prefeito Lorenzo Rodríguez Pérez disse à BBC que o vilarejo recebe várias cartas exigindo que o nome da localidade seja alterado.
Ficheiro:Castrillo matajudios01.jpg
"O nome pode ser considerado uma ofensa por muitos", diz o prefeito.
Nos últimos anos, os próprios habitantes do povoado se sentem constrangidos de falar o nome. Muitos preferem encurtá-lo.
"Eles preferem dizer que são de Castrillo, para evitar polêmicas", conta o prefeito.
O caso ganhou repercussão mundial, com notícias em jornais de grande circulação na Grã-Bretanha e França.

Origem desconhecida

Castrillo Matajudíos. Foto: AFP
As origens do nome ainda são polêmicas até hoje.
O historiador Rodrigo de Sáez disse à BBC que existem várias versões sobre como esse título surgiu.
"O termo original era Mota Judíos, que significa colina de judeus. Entre os historiadores, não existe consenso se a mudança para Matajudíos foi provocada por um conflito real com os judeus, ou se – pelo contrário – foi uma deformação provocada pelo antissemitismo que reinava na Espanha nos tempos da Inquisição, durante os séculos 15 e 16."
Nesta época, os judeus foram expulsos da Espanha por reis católicos. Os judeus que não aceitaram se converter ao catolicismo foram declarados banidos.
A primeira referência encontrada em registros ao termo "Matajudíos" é de 1627.
O prefeito diz que seus ancestrais no vilarejo são inocentes das acusações de terem matado judeus.
"Foram os de Castrojeriz, um povoado perto daqui, que em 1035 acabaram com os judeus, matando algo como 60 judeus e relocando os demais para uma colina próxima a Castrillo."
De acordo com esta versão, foi nesta época que se começou a chamar o novo povoado de Castrillo Mota de Judíos, em referência à colina, que fica no caminho dos peregrinos de Santiago de Compostela.
A um mês da votação, os habitantes seguem em um intenso debate, com todo tipo de opiniões sobre a possível mudança de nomes.
Ninguém se aventura a arriscar um palpite sobre qual será o resultado da votação. O prefeito garante que o nome será trocado mesmo se o "sim" ganhar por apenas um voto de diferença.
Enquanto isso, arqueólogos estão trabalhando na região para tentar, com excavações, conhecer mais sobre o passado do povoado.

CHEGAM A 68 AS FUSÕES DE MUNICIPALIDADES DE MANITOBA (CANADÁ) PARA FORMAREM OS 31 NOVOS MUNICÍPIOS

Continua o processo de Fusão de municípios na província de Manitoba, Canadá. O processo de Fusão ocorre em Municipalidades Rurais, Cidades, Vilas e Aldeias. No último mês de março ocorreram as Seguintes fusões para formar os novos municípios com o nome entre Parênteses:

Ficheiro:Flag of Manitoba.svg

Municipalidade Rural de Cameron + Cidade de Hartney + Municipalidade de Whitewater (Atual município de Grassland )

Municipalidade Rural de Blanshard + Municipalidade Rural de Saskatchewan + cidade de Rapid City (Atual municípo de Oakview)

Municipalidade Rural de Glenwood + Cidade de Souris (Atual município de Souris-Glenwood)

Municipalidade Rural de Pembina + Cidade de Manitou (Atual município de Pembina)

Municipalidade Rural de Shoal Lake + Municipalidade Rural de Strathclair (Atual município de Yellowhead)

Municipalidade Rural de Louise + Cidade de Pilot Mound + Vila de Crystal City (Atual município de Louise)

* As outras fusões já foram postadas no mês passado.

TSIIGEHTCHIC (NWT - CANADÁ ) - A MUNICIPALIDADE GWICH'IN DO ÁRTICO

Tsiigehtchic (tsee-get-chick) ("Boca do Rio de Ferro") (oficialmente  uma Municipalidade de Carta) é uma Comunidade Gwich'in localizada na confluência do Rio do Ártico Vermelho no Rio Mackenzie, na Região de Inuvik nos Territórios do Noroeste , Canadá . A comunidade era conhecida anteriormente como Arctic Red River , até 1 de Abril de 1994.






A municipalidade possui uma população de 143 habitantes (2011) e uma área de 48,98 km².




TUBARÃO (SC): "A CIDADE AZUL"

Tubarão é um município brasileiro do sul do estado de Santa Catarina, situado próximo ao litoral, com altitude média de 9 metros.


Ficheiro:SantaCatarina Municip Tubarao.svg
  

Segundo censo realizado em 2010, possuia 101.284 habitantes, mostrando assim um aumento populacional de 9,96% em relação ao censo anterior. Sua área é de 300,27 km².


Ficheiro:Bandeira.tubarão.jpg


Tubarão destaca-se por ser o segundo centro comercial do sul do estado, principalmente na área de cerâmica.

  

Tem destaque também para o turismo, centrado em suas estâncias hidrominerais.


Ficheiro:Crepusculo tubarão.jpg


Tubarão tem uma boa infra-estrutura urbana e seu potencial turístico concentra-se nas águas termais, com confortáveis hotéis no meio rural, com destaque para Rio do Pouso e Termas da Guarda.


Ficheiro:Catedral tubarão.jpg
  

Pólo de integração da região, oferece passeios turísticos mensais nas locomotivas Maria-Fumaça pela Ferrovia Teresa Cristina, ligando as cidades de Imbituba, Laguna, Criciúma e Urussanga.

  

A ferrovia, situada entre a serra e o mar, às margens do rio Tubarão, tem como um dos seus atrativos as inúmeras pontes. O nome da cidade deve-se ao rio Tubarão que passa pela cidade.



Tubarão está a 66 km de Criciúma e 133 km de Florianópolis.

  

O principal acesso rodoviário é pela rodovia BR-101, para quem vem do sul ou do norte. Para quem vem do oeste, acesso pela BR-116 até Lages, seguindo pela BR-282 e SC-438.



Tubarão é a sede da região da Grande Tubarão ou área de expansão metropolitana, a qual engloba mais 15 municípios, somando cerca de 345.665 habitantes.



  

MORADORES DE BRASILÉIA (AC) TEMEM VER BAIRROS VIRAREM ENCLAVE BOLIVIANO. ENTENDA A HISTÓRIA

Faixa de terra que liga os bairros de Samaúna e Leonardo Barbosa ao resto de Brasiléia (foto: Ascom / Acre)

Com suas fronteiras definidas há mais de um século, o Brasil pode em breve perder parte de suas terras para a Bolívia – ou, pelo menos, é o que temem os moradores de uma cidade brasileira na fronteira com o país vizinho.
A acelerada erosão nas margens do rio Acre, na divisa entre as duas nações, está perto de fazer com que parte da cidade de Brasileia, no Acre, perca a ligação terrestre com o resto do município, tornando-se uma ilha cercada pela Bolívia.
A Bolívia jamais manifestou interesse pelos bairros de Brasileia que podem ficar ilhados, mas isso parece não tranquilizar alguns moradores inquietos.
"Vamos ter que virar tudo boliviano", diz à BBC Brasil o comerciante e líder comunitário João Oliveira Magalhães, um dos 2 mil moradores da área, que abrange os bairros de Samaúna e Leonardo Barbosa.
Magalhães, de 61 anos, mora com a esposa e um de seus onze filhos no trecho mais vulnerável à erosão, a cada vez mais estreita faixa de terra que liga os dois bairros às demais partes de Brasileia.
"O rio está comendo muita terra, o barranco está no toco."
Os bairros – habitados por cerca de 500 famílias pobres – foram erguidos num meandro, um trecho sinuoso do rio. Meandros são bastante sujeitos a mudanças de curso por causa de chuvas ou de ações humanas.
Magalhães afirma que, se os bairros perderem a ligação com o resto da cidade, a Bolívia reclamará a área, já que ela se tornaria quase um enclave brasileiro na cidade boliviana de Cobija.
"Na minha experiência, não vão dois anos para apartar o lado que vai ficar para a Bolívia. O Brasil vai perder muita terra".
Segundo um estudo do engenheiro Oscar Martins, da Universidade de Santa Maria (RS), o trecho que liga os bairros ao resto do município perdeu 15 metros de largura entre 1997 e 2008.
Desde então, segundo a prefeitura, ele continua encolhendo. Em 2013, a faixa media 20 metros de largura e, na semana passada, após uma forte chuva, reduziu-se para 18 metros.

O último deslizamento, diz Magalhães, deixou dependurado o bar que ele mantém no fundo de sua casa, à beira do rio.
O temor de que a Bolívia reivindique a área ecoa rivalidades históricas. O território que hoje é o Acre pertenceu ao país vizinho até 1899, quando seringalistas brasileiros que o habitavam iniciaram uma revolta contra autoridades bolivianas.
Vitoriosos, eles chegaram a declarar uma república independente, até que, em 1903, o Barão do Rio Branco assinou com a Bolívia o Tratado de Petrópolis, que garantiu o domínio brasileiro sobre a área.
Apesar dos temores, porém, a Bolívia jamais manifestou interesse pelos bairros de Brasileia que podem ficar ilhados.
E segundo o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, a fronteira entre os dois países não está sujeita a variações do curso do rio Acre.
Em nota à BBC Brasil, o órgão diz que recentemente Brasil e Bolívia definiram novos marcos fronteiriços na área do meandro.
O Itamaraty afirmou ainda que o Exército, a Agência Nacional de Águas e a Defesa Civil estão se coordenando "para adotar as providências necessárias à contenção do processo erosivo" no local.
No entanto, segundo o prefeito de Brasileia, Everaldo Gomes (PMDB), "no momento não existe uma solução para o problema".
Ele diz que a obra de contenção está na fase de estudos e que viajará em breve a Brasília para tentar acelerar o processo.
"A liberação de recursos é difícil. Nosso medo é que na próxima enchente o bairro fique isolado." Nesse caso, afirma o prefeito, a saída será construir uma ponte.
Gomes diz que, sem o dinheiro federal, a prefeitura de Brasileia não tem o que fazer, por já estar sobrecarregada.

Imigrantes

Há alguns anos, a cidade, de 22 mil habitantes, passou a abrigar milhares de imigrantes – em sua maioria haitianos – que têm entrado no Brasil pela Amazônia, após longas viagens por terra desde o Equador.
Segundo o governo do Acre, há hoje na cidade 2.500 imigrantes, ou 11% da população local.
Enquanto as autoridades adiam a solução para o problema à beira do rio, o morador João Oliveira Magalhães passa os dias de olho nas águas do Acre.
Ele propõe outra solução para o impasse - uma que, em suas palavras, respeitaria "a vontade do rio": que os governantes construam casas para os moradores em outro ponto da cidade.
Dessa maneira, ninguém correria o risco de ficar isolado ou de ser arrastado por deslizamentos.
Desde que mora ali, Magalhães afirma que o rio "comeu" 15 metros de largura do terreno de sua casa.
"Não conseguimos mais dormir pensando que o rio pode nos levar. A água está quase chegando".